a mão esquerda
em cima desencadeia
uma estrela
em baixo a outra
mão mexe o charco
branco , feridas que abrem ,
reabrem , cose - as a noite , recose - as
com linhas incandescentes . Amargo .
O sangue que nunca para de mão
a mão salgada , entre os olhos ,
nos alvéolos da boca .
O sangue que se move nas vozes
magnificando o escuro atrás das coisas ,
os hallos nas imagens de limalhas ,
os espaços ásperos que escreves entre
os meteoros . Cose - te :
brilhas nas cicatrizes . Sò essa mão
que mexes ao alto e a outra mão
que brancamente trabalha
nas superfícies centrifugas . Amargo ,
amargo . Em sangue o exercício
de elegância bárbara . Atè sentado
ao meio
negro da obra morras
de luz compacta
numa radiação de hélio
rebentes pela sombria
violência
dos núcleos loucos da alma .
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